segunda-feira, 29 de abril de 2013

Perspectivas coloridas.

O texto que se segue poderá ser confuso para muitos leitores. Foi elaborado por um profissional em confusões, pelo que a sua recriação por parte de pessoas menos bem preparadas não é de todo aconselhada. Incentiva-se todas as pessoas com nós no cérebro a desatá-los previamente, porque no fim deste texto ficarão possivelmente com um nó à marinheiro que é bastante lixado de desatar. Acreditem, eu já fui escuteiro.
Portanto, falemos sobre cores. Mas falemos sobre cores numa perspectiva masculina, que se torna bastante mais simples. As mulheres conseguem arranjar cinquenta tonalidades diferentes para uma cor que um homem menos dedicado classificaria apenas como "púrpura". E a questão é a seguinte: Será que todos vemos as cores da mesma forma? Quando era miúdo, esta era um dos mais prementes dilemas da minha vida. Agora que sou uma miúda, e toda boa, deixei-me disso. Mas continuo a achar este tema curioso.
Então é o seguinte: será que o meu azul, por exemplo, é igual ao do caríssimo leitor? Será que a cor que ambos convencionamos como sendo azul é a mesma? Imagine - se quiser, ninguém o obriga a nada - que ambos olhamos para a rua e constatamos estar um lindo dia de céu azul. No entanto, o que para mim é azul para si poderá ser verde. Portanto, o que eu estou realmente a ver, na sua perspectiva, é um céu verde, enquanto que para mim a mesma cor chama-se azul. É estranho, não é? Já pensou na eventualidade de todos nós, na verdade, vermos coisas diferentes quando olhamos para aquele ecrã clássico do Windows? Aquela planície cuja cor para todos nós se chama verde, pode no entanto estar a ser vista por todas as pessoas de cores diferentes. O meu verde e azul pode ser o que você classificaria como vermelho e rosa. No entanto, para mim continua a ser verde e azul.
Imagine-se a andar na sua rua e ver alcatrão cor-de-laranja, árvores cor-de-rosa e telhados bege, enquanto come uma banana vermelha. E se realmente for assim que a pessoa ao seu lado a comer um iogurte castanho vê o Mundo, mas nenhum se apercebe da diferença de perspectivas? Repare que estou a supôr que tem hábitos de alimentação saudáveis, podia falar também em cachorros-quentes cinzentos ou em fatias de pizza brancas.
Já pensou também na hipótese de a cor (ou cores) associada a um clube de futebol poder, na verdade, variar de adepto para adepto? Imagine que é benfiquista e que se encontra no estádio a defender as cores da sua equipa. O que você chama de vermelho pode, para o indivíduo suado e sem t-shirt que está a berrar ao seu lado, ser azul, mas para ele continua a ser vermelho. Vai deixá-lo safar-se assim, sem uma cadeirada na nuca?
Sim, eu sei que estou a excluir neste texto os leitores daltónicos. Mas no vosso caso tudo se torna ainda mais confuso. Parem lá com isso!

Abreijo.

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