quarta-feira, 21 de julho de 2010

Que Deus.

Não me digam que Deus existe. Não me conseguem convencer. É impossível constatar que tal entidade seja real.
Já nem falo nas incoerências do costume, como as catástrofes naturais, a fome no mundo, as guerras ou os lábios da Lili Caneças. Falo, isso sim, na manteiga.
Se Deus existe, porque razão deixa a minha manteiga endurecer quando no frigorífico, sabendo perfeitamente que eu não gosto? Uma manteiga má e vil, que despedaça e abandalha o pão que eu tenciono comer, o tal corpo de Deus. Será ele masoquista ao ponto de criar algo que lhe cause tanta dor e tanto sofrimento? E mais importante, terá ele assim tão pouca consideração por mim que chegue ao ponto de criar tal atrocidade sabendo que me irrita?
Teve ele sorte que sou como sou, assim virado para o pacifismo e tal. Imaginem que eu tinha uma personalidade tipo Hitler, Bush ou Zé Naifas? Habilitava-se a irritar-me ao ponto de criar uma guerra com outros países, continentes ou com aquelas velhinhas que não se decidem se querem passar a usar bigode ou não.
No fundo, o que eu quero dizer é: "Deus, se realmente existes dá-me ou um sinal que o comprove ou manteiga que não me irrite. Grato, desde já, pela atenção."

Abreijo.