terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Habemus Papam.

Após todas as reclamações que tenho feito ao longo de todos estes textos, muitos de vocês devem estar a pensar que, ora eu sou lindo por fora (o que realmente é verdade), ora que pareço um velho rabugento por dentro, daqueles cujos pêlos nos ouvidos lhes impedem de ouvir à primeira o que lhes dizemos e que nunca estão contentes com nada.
No entanto, eu não sou assim. Pelo contrário, sou amante da vida, apologista de que vivamos todos mais tempo e que possamos colonizar um outro planeta (ou Plutão...) para escoar os restos da sobre-população. Ainda, sou apologista da continuação da existência de oxigénio, essencial para a vida humana e produto que mais ingerimos no nosso dia-a-dia. Sem contar, claro, com o Jorge Palma... esse consegue mesmo ingerir mais J&B por minuto do que oxigénio.
Mas é aqui que a minha opinião difere da de muito boa gente. A ver se nos entendemos: Oxigénio NÃO É o que sai da ponta dos cigarros, meus fofos. Sim, é verdade que o oxigénio vem das plantas, mas não é preciso picá-las e fumá-las para o obtermos. Muito menos será preciso juntar alcatrão para que o processo de respiração se dê com mais prazer e satisfação.
Isto tudo para dizer o quê? É muito simples: Deixem de fumar na minha cara! A menos que esteja a sufocar com água do mar depois de a Pamela Anderson me ter retirado de lá, não quero que me soprem na cara. Se não quero que me "bufem" o próprio oxigénio na cara, pois sou perfeitamente capaz de o angariar pelos meus próprios meios, fumo de tabaco muito menos. Admito que a profissão de exaustor sempre me foi apelativa, quando era miúdo. Queria ser bombeiro como o meu pai ou exaustor como o meu fogão. Mas, se fosse pago para isso! No entanto, duas décadas a levar com fumo de todas as direcções fez-me abrir os olhos e perceber que não tinha estofo para singrar na carreira de exaustor.
No fundo, o que eu quero dizer é isto: Em vez de me atirarem fumo à cara 365 (ou 366, depende) dias por ano, atirem-me apenas no Natal ou na Páscoa. Assim, fico contente por receber uma coisa diferente e passo a encarar-vos com outros olhos, pois fico a pensar que são dotados de originalidade.
Se querem fumar, fumem. Mas não me obriguem a tratar mal os meus pulmões que tanto me têm ajudado por causa dos vossos caprichos.

Mamnoon,
Abreijo.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Condutas horripilantes.

Ai, sociedade sociedade... O que vale é que enquanto existires, este blogue terá sempre assuntos para debater. Quer dizer... cenas, vá.
O assunto que lhe trago hoje, caro leitor, é um assunto que poderá estar ligado ou não ao do post anterior. Isso agora é consigo, não queira que eu venha aqui matar-me a escrever e ainda escolher por si.
Visto que a maior parte dos meus textos contêm uma quantidade razoável de questões, decidi começar este mesmo texto com uma exclamação, só para dar uma certa ideia de "inovação" à coisa: As pessoas que vêem filmes de terror são estúpidas! E são estúpidas porquê? (Ora aqui está a bela da questão, para não destoar dos restantes textos). Vejamos: O leitor gostava que eu lhe aparecesse por detrás da porta da cozinha quando estivesse a preparar uma sandes de coentros (ou seja lá o que você costuma comer) empunhando uma faca e gritando "ALELUIA, ALELUIA, A MÁQUINA DE LAVAR LOIÇA JÁ ESTÁ NA FASE DA SECAGEM!"? Se estiver inclinado a dizer-me que sim, então é melhor parar de ler e ligar ao professor Bambo para que ele preveja se o seu futuro será mesmo estar deitado numa das camas do manicómio. Se, por outro lado, decidir responder que não, então porquê ir ao cinema ver isso acontecer, ainda que ficticiamente, a outras pessoas? Gosta de ver outras pessoas sofrer, é isso? Pensando bem, ligue ao professor Bambo de qualquer maneira, seu sádico...
Porque, é o seguinte... Não sei se isto é só de mim, mas um dos sentimentos que não coadunam propriamente com a minha pessoa é o medo, o receio, a apreensão. E como não me encaixo lá muito bem com estes sentimentos, prefiro evita-los ao máximo no meu dia a dia, dentro dos possíveis. E é aí que entra (ou não, decida-se) o leitor: Enquanto eu faço os possíveis para não ter sustos, há... BESTAS que pagam 5€ (preço standard, não contando com os belos dos filmes 3D) para passarem no mínimo 1:30h a assustarem-se. Falo, obviamente, nos filmes de terror de "qualidade", se assim lhes podemos chamar, porque há alguns que chegam a ser ridículos. Mas nem assim pagaria 5€ para os ver, porque para ridícula já basta a minha (tentativa de) barba. Se quero ver cenas ridículas, guardo os 5€ do filme na carteira e fico a olhar-me ao espelho, do nariz para baixo. A minha barba sim, era capaz até de assustar o próprio Tim Gunn, ou mesmo um ou dois daqueles senhores alemães que participam naqueles concursos de barbas anuais (os concursos, não as barbas).
Para terminar, até porque tempo é dinheiro e de dinheiro preciso eu (daí a ideia que se segue), deixo-vos, portanto, uma proposta que, para além de ser benéfica para todos nós, era capaz de atenuar o sentimento de revolta que sinto pelas pessoas que se querem assustar de forma deliberada: Em vez de pagarem 5€ para ver um filme de terror num ambiente tão impessoal e tão pouco comunicativo como uma sala de cinema, dêem-me esses mesmos 5€ e podem ficar a olhar para a minha barba enquanto falamos sobre como ela é ridícula e irregular. Assim, gastam na mesma os 5€ mas conseguem assustar-se e divertir-se em simultâneo, enquanto falam com uma pessoa interessantíssima e com muito para dar. Excepto latas de atum e de milho, que essas são os pilares estruturantes da minha alimentação.
Por fim, e prometo que agora é a sério, deixo-vos com uma questão estúpida e que, ao mesmo tempo, serve para encher texto: advirá a palavra "coitado" da palavra "coito"? E se sim, será esse realmente um bom nome para se chamar a alguém que esteja a passar por dificuldades na vida?
Pensem nisso, da próxima vez que decidirem usar umas palavras quaisquer assim "à maluca" para adjectivar alguém...

Arigato,
Abreijo.

domingo, 24 de outubro de 2010

Contra-corrente.

Detesto vampiros. Detesto séries de vampiros. Detesto filmes de vampiros. Detesto livros de vampiros. Detesto fotografias de vampiros (e essas nem existem, pois eles supostamente não aparecem nas fotos). Estou, basicamente, enjoado de vampiros. Mas às vezes dava jeito ser um.
Como estudante universitário, pelo menos por agora, é normal que não tenha qualquer rigorosidade no cumprimento de horários. Por mim, era esquecermos todos os conceitos que adquirimos sobre horas e minutos e instaurar uma espécie de anarquia temporal. No entanto, e visto que tal não parece vir a acontecer, pelo menos num futuro próximo, penso que devíamos optar por uma opção que a mim me parece mais fácil e organizada: Sermos todos corridos a dentadas de vampiros.
Eu sei que vão já começar a dizer: "Ah e tal, mas como é que chegamos ao pé de um vampiro se eles andam sempre muito escondidos?". Calem-se, pá! Deixem-me falar! Bem, é muito simples: Fotocopiamos autorizações e termos de responsabilidade para entregar aos menores. Marcamos uma hora e encontramo-nos todos em frente ao terminal do Aeroporto de Lisboa (tragam lanches, pois pode-vos dar aquela "larica". E já se sabe que a comida do aeroporto é caríssima). Depois de fazermos a chamada e de contarmos as pessoas todas, é irmos à Transilvânia e seguirmos as indicações do senhor Bram Stoker sobre como chegar à morada do Sr. Drácula. Chegados lá, batemos à porta e pedimos ao mordomo corcunda que nos marque uma reunião com o seu mestre (é muito ocupado, ele). Se formos aceites ele desata a morder pescoços, e quando estiver cheio voltamos para casa.
Ao voltar para Portugal, agora vampiros, imaginem só as vantagens que não teríamos. Passaríamos a dormir de dia e a "viver" à noite. Em épocas como a Festa das Latas ou a Queima das Fitas isso seria perfeito. Para além disso, o podermos tornar-nos em morcegos impedia que não conseguíssemos ver os concertos. Lugar, tínhamos sempre. E se algum outro morcego estivesse à nossa frente, voava-mos um pouco para a esquerda, para a direita, para cima ou para baixo e já conseguíamos ver. Ainda, imaginem só o que não poupava-mos (até porque estamos em crise) em bebidas. Mordíamo-nos uns aos outros (cuidado com as interpretações...) e saciávamos tanto a fome como a sede.
Basicamente o que quero dizer é isto: Deixem-se de histórias de vampiros, de contos hipotéticos. Se querem falar em vampiros, falem a sério. Sejam vampiros e criem as vossas próprias histórias.
É com este apelo sincero e, de certa forma, poético que vos deixo.

Spasibo,
Abreijo.

sábado, 2 de outubro de 2010

Questões contemporâneas.

Ao longo da minha não tão longa vida tenho-me deparado com grandes questões para as quais, ainda hoje, nunca encontrei respostas, escolhas que nunca consegui fazer por ter medo das consequências. Um desses dilemas, e que sempre me assombrou durante toda a vida, é a técnica de urinar em pé numa sanita.
Antes que comecem com piadas: Não, o meu problema não é a falta de órgão que o permita, nem nada que se pareça. O que me faz confusão, isso sim, é como o fazer da forma mais limpa possível, sem ter que gastar meio litro de lixívia para limpar após ter acabado. Isto porquê? Todos os homens sabem que é impossível urinar (reparem que estou a tentar evitar o tal verbo que todos nós usamos) em pé sem respingar a sanita. Nem é uma questão de pontaria, sequer. Mesmo que um homem tenha a pontaria do Tiger Woods (quer para os buracos de golfe, quer para os... outros buracos) vai sempre respingar a sanita. Não há como contornar tal facto.
O problema é muito simples: Quer urinemos apontando directamente para a água, quer urinemos apontando para a loiça, nunca o resto da sanita vai ficar isenta de alguns salpicos.
Claro que falo no uso das sanitas privadas, as de casa. Quando usamos as outras nem nos importamos que elas fiquem da cor da Leopoldina (aquela da altura do Natal) e, se for preciso, até apontamos para fora de propósito, só para nos sentirmos minimamente rebeldes. E porquê? Porque, muito simplesmente, não somos nós quem as vai limpar a seguir.
No que toca às nossas próprias sanitas, no entanto, o caso muda de figura. Ora, sendo homens e urinando de pé para despachar, acham que queremos ter que perder tempo a limpar a seguir? Claro que não. Daí que este seja, para nós, um grande dilema: Urinar em pé e ter que perder tempo a limpar a seguir ou urinar sentado mas ter que perder tempo a tirar as calças e a sentar-se? Para já não falar nas pessoas que sofrem dos joelhos, para quem o acto de sentar é muito custoso.
Sim, a vida é feita de escolhas. Mas em questões como estas é extremamente difícil decidir. Escolher como e para onde urinar pode ser um verdadeiro pesadelo na vida dos homens mais indecisos. É preciso ter uma grande força de vontade e uma capacidade de decisão sob pressão de aço.
Tudo isto para demonstrar que a vida de um homem não é assim tão fácil como algumas mulheres pensam. Sim, são vocês quem tem as dores de parto, mas somos nós que enfrentamos questões tão difíceis e cruciais no bom funcionamento da sociedade contemporânea quanto estas.

Merci,
Abreijo.

sábado, 11 de setembro de 2010

Vejo-me negro.

Não tenho nada contra o Sol. Até o acho um gajo porreiro, que por vezes precisa de nada mais do que fazer as suas fogueirinhas para cozinhar as suas refeições. É normal, todos nós o fazemos. E claro que a madeira e a folhagem das árvores dão sempre outro alento a qualquer brasa que se faça.
O que me come a cabeça, isso sim, é a obsessão da sociedade contemporânea com o "bronze".
Vamos lá ver: Evitando todas as habituais questões do racismo e tal, todos nós sabemos que existem várias cores de pele à face da Terra. No entanto, muito boa gente parece não gostar da capa corporal que Deus lhes deu, ao que insistem em pôr-se cinco horas a torrar ao Sol, qual fatia de pão Bimbo sem crosta numa torradeira sobre-aquecida. Não me interpretem mal, gosto tanto de uma boa torrada como qualquer um... Mas mesmo assim não gosto delas muito escuras, perdem a sua essência.
E é isto que parecemos, hoje em dia. Caucasianos sobre-aquecidos durante muito tempo, e que se esqueceram do que é ser branco à la papel. O que aconteceu à defesa da raça, ao amor pela camisola (hipotética)? Vejam o exemplo dos albinos. Esses sim nem deixam entrar um único raio de Sol, tal o gosto e orgulho pela sua cor. (Isto foi aquilo que eu chamo de "humor negro, neste caso excessivamente branco").
É claro que sou a favor da igualdade na Terra, mas não é preciso chegarmos a um acordo sobre uma cor comum a todas as pessoas, qual moeda Euro.
No fundo, o que eu quero dizer é isto: Porquê a mania de ficar moreno?! Não gostam de ser caucasianos? Vejam o exemplo do Michael Jackson. O coitado do rapaz queria tanto tornar-se branco que, para além de ter feito aquelas plásticas todas, ainda se relacionava com tudo o que tinha a ver com branco, do tipo: leite em pó, dentes de leite, pó de talco, etc...
Enfim, uns com tanto e outros com tão pouco.

Gracias,
Abreijo.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

(Head)Shots.

Não, não quero que me apoiem, não quero que deixem de o fazer e não quero criar nenhum dissabor nos que o fazem com tanto apreço e sentido de oportunidade.
Mas... para quê beber shots?
Vejam lá se estou errado: Estamos em crise. Logo, o mais inteligente (e não querendo chamar ninguém de burro/Liliana Aguiar) seria pouparmos dinheiro quando saímos à noite ou, mesmo, quando temos daquelas depressões hardcore depois de uma maratona de Grey's Anatomy.
Pagar 2€ (preço standard) por um copo que parece saído das cozinhas para crianças Chicco não me parece muito racional. Por volta de 9000 a.C. começou-se a ter registo de uma tal bebida alcoólica estonteante, que ainda hoje em dia é considerada uma das mais bebidas (o verbo, não o nome) no Mundo. Cerveja, esse nome tão amado por tantos. Ora, para além desta bebida (o nome, não o verbo) ser mais barata do que a mencionada acima primeiro - como é que hei-de dizer isto de forma leve...-, não sabe tão péssima e estupidamente mal! Ninguém me venha dizer que encontrou um shot que sabe bem, isso é pura treta.
Depois, e ultrapassando toda a questão do preço e das papilas gustativas, há o facto de muitas pessoas se orgulharem de dizer que passaram a noite toda a beber shots. Eu, mas isto sou só eu, prefiro dizer que passei a noite toda a beber cerveja. Porque, vejamos, "a noite toda a beber shots" é um exagero, pois ninguém passa pelo menos 9h encostado ao balcão a virar daqueles copinhos. Bebem um, vão fazer o que têm a fazer, e só depois voltam para beber outro. Com a cerveja não é assim. Posso-me gabar de passar uma noite toda a beber cerveja (embora seja custoso) e realmente ter a certeza do que estou a dizer. Para mim beber à noite é isto... beber devagar, com calma e desfrutando aos poucos do crescente estado de embriaguez, podendo dizer com convicção: "Depois de muito trabalho e movimento do meu esófago, estou bêbado. E estou-o porque trabalhei muito para isso. E a baixo custo!"
No fundo, é isto: Quando saírem à noite, em vez de beberem um shot bebam duas cervejas de penalti. Custa o mesmo, sabe melhor (ou menos mal) e vão ver que a diferença não é assim tão grande. E ao menos podem-se orgulhar de ter bebido duas garrafas cheias, em vez de um copinho de remédio.

Danke,
Abreijo.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Afinal não é desta nova geração.

Há quem diga que esta geração está perdida, que antigamente é que era ou, até, que ainda é do tempo em que um micro-ondas custava 35 contos.
Recentemente, e graças à playlist do meu sobrinho de 2 anos, cheguei à conclusão que a culpa não é dos jogos de vídeo, da violência na televisão ou, mesmo, do facto do Super Mário matar tartarugas com bolas de fogo lançadas pelas mãos. A culpa da violência, da falta de civismo e do mau comportamento das crianças - que leva a um excesso de birras (em italiano "cervejas", mas deixemo-nos disso) - é, isso sim, das músicas para crianças.
Músicas que falam, por exemplo, sobre o facto de um puto chamado Manel ter-se distraído e um cão lhe ter mordido e roubado a bola. Músicas que falam, também, sobre o facto de um outro puto chamado João ter perdido o seu balão com o vento. E qual é o resultado? Ficam ambos a chorar desalmadamente, enquanto pessoas sádicas os observam e aproveitam para escrever canções.
Existem ainda músicas que gozam com o facto de uma criança ter visto um sapo e ter-se assustado. É apenas normal que assim seja, e penso que não seria necessário enxovalhar a criança por ter-se assustado ao ver um animal que come moscas com a língua/pega-monstros e que imita as bochechas do Mário Soares a cada 2 segundos. São crianças, mas têm bom gosto!
Depois, existem ainda as histórias de adormecer... Ora bem, uma carocha (o insecto, não o automóvel) solteirona que não consegue encontrar um marido. Logo aí a história vai contra as tradicionais histórias de princesas bonitas com quem qualquer um queria ... cof cof... , mas que esperam pelo seu príncipe encantado. A carocha não, vai para a janela e faz-se a todos, começando a escolhê-los a dedo. Finalmente decide-se por um rato, de seu nome João Ratão (nome original, para um rato), que lhe preenche todas as suas aspirações. E o que é que lhe acontece? Cai dentro de um caldeirão com sopa a ferver e morre, certamente ficando na sala aquele cheiro a porco queimado, logo seguido de um elegante aroma a cozido à chinesa (composto por rato e um patê de miolos de macaco, para quem não sabe).
Outra história de adormecer que não me parece muito correcta, e para acabar com isto, é a história do Capuchinho Vermelho. Para ser breve: Uma rapariga que vai a casa da sua avó acamada, mas que encontra um lobo mau disfarçado dela mesma. Aí ele faz uma investida para a menininha, mas eis que chega um lenhador que lhe corta as entranhas com um machado (qual Jack Torrance) para retirar a avó de dentro dele.
E assim adormecem as crianças, depois de contada uma bela história. Querem o quê, que elas sonhem com borboletas, com elefantes cor-de-rosa ou com unicórnios? Para isso dêem-lhes um charro, ao invés de lhes contarem estas histórias verdadeiramente gore. Ou metam-lhes uma pastilha de metilenodioximetanfetamina (ecstasy, para os menos experientes na cena) no leite, antes de se deitarem.
No fundo, o que eu quero dizer é: Abaixo as drogas, a menos que cantem e contem aos vossos filhos coisas como as atrás mencionadas, que retrocedem o processo de civismo humano. Aí é preferível recorrer às drogas.

Kanimambo,
Abreijo.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Que Deus.

Não me digam que Deus existe. Não me conseguem convencer. É impossível constatar que tal entidade seja real.
Já nem falo nas incoerências do costume, como as catástrofes naturais, a fome no mundo, as guerras ou os lábios da Lili Caneças. Falo, isso sim, na manteiga.
Se Deus existe, porque razão deixa a minha manteiga endurecer quando no frigorífico, sabendo perfeitamente que eu não gosto? Uma manteiga má e vil, que despedaça e abandalha o pão que eu tenciono comer, o tal corpo de Deus. Será ele masoquista ao ponto de criar algo que lhe cause tanta dor e tanto sofrimento? E mais importante, terá ele assim tão pouca consideração por mim que chegue ao ponto de criar tal atrocidade sabendo que me irrita?
Teve ele sorte que sou como sou, assim virado para o pacifismo e tal. Imaginem que eu tinha uma personalidade tipo Hitler, Bush ou Zé Naifas? Habilitava-se a irritar-me ao ponto de criar uma guerra com outros países, continentes ou com aquelas velhinhas que não se decidem se querem passar a usar bigode ou não.
No fundo, o que eu quero dizer é: "Deus, se realmente existes dá-me ou um sinal que o comprove ou manteiga que não me irrite. Grato, desde já, pela atenção."

Abreijo.

sábado, 26 de junho de 2010

Por favor, N-Ã-O!

"Não me ligues quando estiver no concerto. Quanto muito manda-me SMS."
(No concerto) "Trim trim."
"Ond... ás?... Já che... ras... tua proc... atrás do... mo quem vira... ecrã pri..."
"Olha, vou desligar. Não te ouço."

Porquê isto, minha gente?
Porquê ignorar o que a primeira pessoa diz e, mesmo assim, ligar-lhe? Será que temos assim tanto dinheiro no telemóvel para gastar que fazemos chamadas que, à partida, sabemos que não vão servir de nada? A menos que tenham aqueles tarifários todos malucos de chamadas grátis e tal. Mas até nesses casos a chamada é mal recebida por quem atende, pois perdemos um bom bocado do concerto a tentar decifrar o que o símio com impedimento de fala está a tentar dizer do outro lado da linha.
Ainda, existem aquelas pessoas que insistem em ligar-nos quando estão elas próprias nos concertos, para que nós ouçamos uma certa música. Ora, essas pessoas não percebem que, por telemóvel, qualquer música tocada num concerto nos parece uma versão hardcore dos Stomp.
De facto, até uma balada do Rui Veloso, por telemóvel, nos parecerá o último single dos Moonspell, num dia de má-disposição do Fernando Ribeiro.
Concluindo: amplificadores, guitarras, baterias e microfones misturados com chamadas telefónicas não transmitem nenhuma mensagem útil ao receptor, apenas o fazem perder o seu tempo precioso, tempo esse que poderia ser aproveitado, por exemplo, para se fazer a reciclagem ou para se passar a utilizar desodorizantes roll-on. No fundo, está-se a impedir o melhoramento do ambiente. Acham isso bem?!

É com este pensamento que vos deixo,
Abreijo.

Porquê, sociedade, porquê?

Porquê preservativos com sabores?
Da última vez que reparei, o ser humano tinha as papilas gustativas na boca, ou pelo menos acima do pescoço. A menos que alguma mutação genética tenha alterado tal facto nos últimos anos, acho que não faz muito sentido criar-se as tais "borrachinhas" com sabor a morango, banana, framboesa, melão, menta, bacalhau à Zé do Pico ou torresmos de porco no espeto.
E alguém dirá: "Ah, é para fazer o belo do sexo oral!". E eu responderei: mas se alguma rapariga se dispõe a fazer o "amor por via oral", à partida quer fazê-lo sem impedimentos, num verdadeiro confronto de pele vs. pele. Ora, sendo assim, penso que não faz muito sentido o uso de preservativo nesta tão bela actividade.
Até já ouvi quem dissesse: "Ah e tal (sim, disseram mesmo isso), é para quando for o homem a fazer o sexo oral. Para lhe saber bem.". Isso quer dizer que é o homem quem saboreia o seu próprio preservativo? Hmm...
Não me parece muito coerente, esta nova moda. Acaba-se por criar todo um ciclo tremendamente desnecessário: primeiro, é o homem quem se encontra na posse do sabor; depois, passa-o para a sua parceira, que o guarda com muito amor e carinho; no fim, é o próprio homem quem desfruta desse tal sabor. Pretende-se o quê, que o homem sinta aquela ideia de ter "trabalhado para o próprio ganho"? Que o desfrutar daquele sabor sirva como recompensa por um trabalho bem feito?
Por fim, um conselho: Deixem de usar preservativos com sabores. Em vez disso, comam um Tic-Tac enquanto fazem o belo do amor. Ficam na mesma com um sabor inovador no acto sexual e ficam sem impedimentos desnecessários no tal contacto pele c/ pele.

Tenho dito,
Abreijo.