terça-feira, 17 de novembro de 2015

Opressão ao corta-unhas.

Comecemos com a tão necessária pergunta: porque é que eu não posso cortar as minhas unhas onde bem me apetecer?

Pronto, já estou alterado… Uma pessoa tenta não se exaltar, mas assim fica difícil! Isso da liberdade, que muitos apregoam, é muito giro, mas, pelos vistos, é só para alguns. Liberdade de expressão, liberdade de imprensa, liberdade religiosa e liberdade de voto, tudo bem. Agora, liberdade de cortar as minhas unhas num autocarro ou numa esplanada à beira-rio é que ‘tá quieto!

Quem foi o água de esgoto que decidiu que cortar as unhas em público era nojento? Por causa da suposta sujidade que se acumula? Quer dizer, se forem as unhas de um camionista, depois de um fim-de-semana em viagem constante e sem grande acesso a toalhetes húmidos, eu até percebo; é que o sebo entranha-se. Mas, as minhas, tão arranjadinhas?! Eu trato-lhes das cutículas todos os dias, lixo-as todas as semanas e pinto-as sempre que há ladies night: como é que são nojentas?!

Pode também haver quem argumente que é para evitar que os bocados de unha voem para a cara das outras pessoas, ao que eu respondo: “Ah, mas o paintball já é uma coisa muito linda, não é?!” O princípio é o mesmo: projécteis cheios de ‘nhanha’ lá dentro. E quem estiver muito incomodado, pode sempre passar a andar na rua com um colete à prova de bala; principalmente quando eu estiver a cortar as unhas dos pés, que são as mais imponentes.

Porque é que eu tenho de andar a cortar as unhas às escondidas na casa de banho, como um drogado? É assim tão mau, aquilo que eu estou a fazer? Serei o único que o faz? Preferem que as corte à vossa frente ou que as deixe crescer e vos faça um golpe no braço quando estiver a dar-vos um aperto de mão?

Ah, bem me parecia.


Abreijo.

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