sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Réveillução.

"Ah e tal, vem aí um ano novo. Diogo, vais deixar de te armar em parvo e fazer da 'simpatia para com o Mundo' uma das tuas resoluções?"
- Primeiro: Não vos conheço de lado nenhum para me estarem a insultar desta maneira. Comportem-se!
- Segundo: Pelo amor de Alguém (não quero ferir susceptibilidades), não sejam parvos! Sim, eu faço disso uma das minhas resoluções se vocês prometerem que deixam as palhaçadas para o pessoal do Soleil, profissional e experiente na coisa.
O texto de hoje traz-vos uma infinidade de propostas, um verdadeiro rodízio de bons conselhos e úteis (espécies de) ensinamentos, pensados para mim mas que eu quero ver partilhados por e para vocês. Isto porque, na verdade, eu sou um mãos largas, meus amigos. Literalmente? Também.
É uma teoria complicada, a que vos trago, mas tentem acompanhar o meu complicado mas fantástico raciocínio: Porquê mudar de ano se podemos aproveitar tudo o que os anos futuros têm para nos oferecer num único ano? Imaginem, não era excelente se tivéssemos ficado em 2009 e ficássemos a ter conhecimento do iPad um ano antes? Não era fantástico se tivéssemos ficado em 2000 e ficássemos a saber da queda do World Trade Center um ano antes? Mais, não seria giro ficarmos em 2011 e ficarmos a conhecer os carros voadores, a salvação da economia portuguesa (isto é só a minha fé a trabalhar...) e a já há muito aguardada transformação da Lili Caneças num andróide?
É por isto que eu não queria abandonar 2010, meus caros... Se tivesse lá ficado, hoje poderia dizer que levei com o aumento do IVA primeiro do que toda a gente, ainda em 2010. Poderia, também, dizer que fui a primeira pessoa a atestar o depósito do carro a 1,347€ o litro (ou pelo menos fui a primeira pessoa a fingir fazê-lo, pois ainda sou cliente frequente daquelas discotecas ambulantes que fazem questão de se mexem por nós, vulgo autocarros). Poderia, até, dizer que vi o Benfica ser campeão duas vezes no mesmo ano (2010), um ano antes do que a própria equipa. Pensem: Preferem ser originais e poder dizer que viveram tudo o que há para viver primeiro do que o resto das pessoas ou preferem ser medianos, vivendo e descobrindo tudo ao mesmo tempo que as outras pessoas e em anos muito posteriores?
É esta a minha causa, é por isto que luto e é por isto que vos abro os olhos para que, então, se juntem a mim: Vamos acabar com a expressão "Ano Novo". Vamos manter-nos sempre no mesmo ano, o ano velho. Vamos fazer deste ano um ano que consiste em décadas, em séculos, em milénios. No ano de 3514, ainda estaremos (não nós, mas certamente a Lili Caneças-Robô) no ano de 2011, um ano recheado de coisas novas, de imensa originalidade contida em apenas 365 hipotéticos dias.
Vamos lutar contra a mediania, vamos marcar para a História a geração da "Originalidade de 2011"! Vamos contribuir para que os nossos filhos, os nossos netos e os nossos bisnetos-andróides tenham menos trabalho em decorar datas históricas; façamos com que tudo aconteça num único ano. Se não for por isto, então que seja simplesmente para contrariar as profecias Maia do fim do Mundo. Que o Mundo acabe em 2011, em vez de 2012. Vamos mostrar aos Maias (os antigos, não os do livro) quem manda, nos dias de hoje.

Mauliate,
Abreijo.

1 comentário:

A cada comentário morre uma criança em África, relativamente a cenas.
Veja lá o que vai fazer.