sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Conversações auditivas.

Olá, tudo bem?
Escusam de responder, não estou realmente interessado. Estava só a tentar ser simpático. O que achei? Não gosto, prefiro voltar ao meu registo habitual.
E que melhor maneira de começar senão realizando outra crítica extremamente mordaz e estonteantemente gira à nossa sociedade contemporânea?! Vamos a isso? Vamos, com certeza. Deixem-me só acabar de amarrar os sapatos e escovar os dentes ao Relâmpago, o meu porquinho-da-índia de estimação e totalmente inventado à última da hora para encher texto.
Eu gosto de música. Eu gosto de ouvir música. Tal como Jessica Tate da série americana Soap, gostaria que a minha vida tivesse uma banda sonora própria. Nos dias de hoje esta actividade tornou-se cada vez mais realizável, começaram a surgir walkmans, mp3, iPhones, a voz da Júlia Pinheiro... Enfim, variadíssimos métodos de conseguirmos ouvir todo o tipo de registos sonoros a vários quilómetros de distância das nossas casas.
Ainda, houve uns meninos que, talvez por não partilharem o mesmo amor pela música e estarem fartos de ouvir pelas ruas os diferentes gostos musicais de variadíssimas pessoas, decidiram inventar auriculares, umas coisinhas que permitem aos seus utilizadores desfrutar das músicas que aprenderam a gostar sem precisar de incomodar os outros. É óbvio que, como todas as invenções (para além da Mulher, que disso não necessita), este aparelho sofreu alterações, foi sendo aperfeiçoado, tornando-se mais actual, mais discreto, mais cómodo. De facto, as monstruosidades que antigamente colocávamos nos ouvidos para ouvir música e que nos faziam pressão na cabeça foram transformadas em aparelhos tão simples como o cérebro do Cláudio Ramos, transformados em simples fios que na ponta têm uns pequenos "microfones invertidos" que enfiamos nos ouvidos.
E é aqui que se dá uma reviravolta protagonizada por pessoas que, ou acham que ainda estão em 1990 ou têm problemas graves de "frieiras" nos ouvidos. São pessoas que, mesmo nos dias de hoje, continuam a usar os auriculares gigantes, aquilo que eu gosto de chamar de mola capilar, que nos aperta e afronta a cabeça e nos faz parecer parvos (ou alpinistas que almejam chegar ao cume de um qualquer monte dos Himalaias). A menos que sejam DJ's, nesse caso serão encarados como parvos de qualquer maneira, com ou sem auriculares gigantes.
Ainda, há quem passe o dia todo com tais tampões de ouvidos gigantes à volta do pescoço, afirmando que apenas os usam para o "estilo". E a minha pergunta é esta: Vocês odeiam mesmo a vossa vida ou apenas acham que parecer ridículos até é giro? Se querem usar algo ao pescoço, usem um cordão, um fio de ouro, um dente de tubarão ou, mesmo, uma corda de enforcamento. É-me indiferente, desde que deixem de agir como os velhos de barbas e pêlos do nariz brancos e repugnar todo e qualquer tipo de avanço tecnológico criado pelo Homem.
Encarem isto como um conselho, uma dica de como viver melhor e ser socialmente aceite, ao invés de agirem como verdadeiros lesados mentais com antropofobia, agorafobia ou outras quaisquer fobias que vos impeçam de agir como os restantes seres humanos.

Shukran,
Abreijo.

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