Tumba, olhem eu aqui! Viram este truque? E que tal, conseguem
recriar? Não recriem, que estragam a magia da magia. E as pessoas até
gostam de magia. Pronto, magia.
Por falar em magia, sabem quem é
que é bastante bom nisso? Empregados de mesa. Pelo menos os empregados
de mesa que eu encontro são, regra geral, bastante hábeis em ilusionismo. O
seu único defeito é fazerem sempre o mesmo truque, que consiste no
seguinte: Eu sento-me, escolho e peço o prato, que quase sempre vem com
salada (vá-se lá saber porquê). No entanto, esquisito como sou, faço
sempre questão de pedir sem salada, porque a vida de coelho nunca me
seduziu especialmente. E é aqui que acontece a verdadeira magia, reparem nisto: Apesar
de eu ter pedido sem, chega-me à mesa um prato repleto de tudo aquilo
que eu já estava à espera e com um acréscimo de… salada. Ou seja, onde
não devia estar nada, está agora uma amálgama de folhagem verde ali no
rebordo do prato, bonita e ostentosa em termos de cores mas que, no que
toca ao sabor, apenas me faz lembrar relva cortada num dia abafado de
Verão. Sim, eu já provei relva cortada. Mas, curiosamente, num dia de
Inverno, porque prefiro comida fria.
Este acaba por ser um truque
simples, mas que se for bem feito até dá bastante espectáculo.
Principalmente se o cliente em questão for algo dado para o espalhafato.
Eu não, que sou um menino, mas outros talvez. Contudo, apesar de ser um
truque simples, não se deve cair no erro de pensar que é de fácil
concretização. É necessário esforço e dedicação para o aperfeiçoar,
sendo que só os empregados de mesa mais distraídos, e com um cheirinho a
incompetência, o conseguem dominar totalmente.
O único senão, tirando o
facto de eu ficar claramente irritado – algo que pelos vistos não conta
muito, desde que pague –, é o facto de se proceder a uma trucidação
completamente desnecessária de inocentes vegetais. Eu não sou contra os
vegetais, juro que não sou! Eu sei que eles são saudáveis, que são
amigos do organismo e que, com jeitinho, ainda são capazes de dar uma
ajuda ali na cozinha. Apenas não gosto de os comer, pronto. Mas respeito
quem goste (embora não deixe de achar essa gente estranha). Se querem
mesmo contribuir para o genocídio de várias espécies vegetais, então que
o façam em prol de alguém que lhes dê verdadeiro valor. Isto porque
naqueles restaurantes decentes onde não se tem por hábito reciclar
comida (se é que ainda existe algum), a salada acaba por ir intacta para o
lixo, o que é um desperdício para quem realmente come vegetais e para quem apenas gosta
de os apreciar. Sim, existem pessoas dessas. Eu tenho um primo que
passava tardes inteiras a brincar com bocados de aipo, sem nunca lhes
dar uma única trinca. E babava-se, coitado… Abraço, Miguel!
Ora,
meus bichinhos: Comecem a prestar mais atenção à frase "Sem salada, se
faz favor!", porque acaba por ser mais importante para mim do que qualquer outra.
Não me importo que me troquem as carnes, nem eu nem os animais em
questão nos chateamos. E até me podem trocar o vinho, que eu bebo
qualquer um. Agora, salada? Por favor, salada é que não…
Abreijo.
Apoio a 100%. Mas sou a favor das saladas da base. Daquelas de macarrão, queijo, ovo, muito queijo, mais macarrão e queijo. Falei em queijo? E depois um molhinho rosa por cima à maneira. Isto sim é uma salada. Faz bem ao organismo que é uma maravilha:) Beijinhos!
ResponderEliminarXénia
Ah sim, tudo o que vem da Base é óptimo para o organismo! Principalmente se tiver bastante... o que era mesmo, coentros?
ResponderEliminarBeijo. :)