domingo, 24 de outubro de 2010

Contra-corrente.

Detesto vampiros. Detesto séries de vampiros. Detesto filmes de vampiros. Detesto livros de vampiros. Detesto fotografias de vampiros (e essas nem existem, pois eles supostamente não aparecem nas fotos). Estou, basicamente, enjoado de vampiros. Mas às vezes dava jeito ser um.
Como estudante universitário, pelo menos por agora, é normal que não tenha qualquer rigorosidade no cumprimento de horários. Por mim, era esquecermos todos os conceitos que adquirimos sobre horas e minutos e instaurar uma espécie de anarquia temporal. No entanto, e visto que tal não parece vir a acontecer, pelo menos num futuro próximo, penso que devíamos optar por uma opção que a mim me parece mais fácil e organizada: Sermos todos corridos a dentadas de vampiros.
Eu sei que vão já começar a dizer: "Ah e tal, mas como é que chegamos ao pé de um vampiro se eles andam sempre muito escondidos?". Calem-se, pá! Deixem-me falar! Bem, é muito simples: Fotocopiamos autorizações e termos de responsabilidade para entregar aos menores. Marcamos uma hora e encontramo-nos todos em frente ao terminal do Aeroporto de Lisboa (tragam lanches, pois pode-vos dar aquela "larica". E já se sabe que a comida do aeroporto é caríssima). Depois de fazermos a chamada e de contarmos as pessoas todas, é irmos à Transilvânia e seguirmos as indicações do senhor Bram Stoker sobre como chegar à morada do Sr. Drácula. Chegados lá, batemos à porta e pedimos ao mordomo corcunda que nos marque uma reunião com o seu mestre (é muito ocupado, ele). Se formos aceites ele desata a morder pescoços, e quando estiver cheio voltamos para casa.
Ao voltar para Portugal, agora vampiros, imaginem só as vantagens que não teríamos. Passaríamos a dormir de dia e a "viver" à noite. Em épocas como a Festa das Latas ou a Queima das Fitas isso seria perfeito. Para além disso, o podermos tornar-nos em morcegos impedia que não conseguíssemos ver os concertos. Lugar, tínhamos sempre. E se algum outro morcego estivesse à nossa frente, voava-mos um pouco para a esquerda, para a direita, para cima ou para baixo e já conseguíamos ver. Ainda, imaginem só o que não poupava-mos (até porque estamos em crise) em bebidas. Mordíamo-nos uns aos outros (cuidado com as interpretações...) e saciávamos tanto a fome como a sede.
Basicamente o que quero dizer é isto: Deixem-se de histórias de vampiros, de contos hipotéticos. Se querem falar em vampiros, falem a sério. Sejam vampiros e criem as vossas próprias histórias.
É com este apelo sincero e, de certa forma, poético que vos deixo.

Spasibo,
Abreijo.

3 comentários:

A cada comentário morre uma criança em África, relativamente a cenas.
Veja lá o que vai fazer.